Review Private Practice (2.22) – Yours, Mine & Ours
Enfim chegamos ao final dessa segunda temporada de Private Practice. E parem para pensar o caminho que essa temporada percorreu: durante seus 22 episódios passamos a conhecer melhor cada personagem e realmente começamos a torcer para eles, o que não chegou ocorrer na fraquíssima primeira temporada. E graças a essa mudança no roteiro, que tornou a série menos cômica, com episódios sempre mais dramáticos, conseguimos chegar a esse maravilhoso season finale, que não fechou propriamente as histórias pendentes, mas que ficou longe de decepcionar.
A começar por Addison, parece que a história dela com Noah está longe de terminar, é uma pena, ao meu ver, ter que assistir a médica abandonar Kevin para se envolver com um homem casado. Porém se isso servir de consolo ele quase terminou tudo com a esposa para ficar com ela, o problema é que Addison não permitiu que isso acontecesse, por consideração a sua própria paciente. Curiosamente o “gancho” de sua história não-finalizada foi o mais fraco de todo o episódio, mesmo que Addison seja, no fim das contas, a protagonista dessa história.
Dell conseguiu rever e reaver sua filha, com a volta da mãe da garota extremamente drogada e precisando de dinheiro para pagar suas dívidas do vício. Aliás, foi uma resolução simplória para um drama que surgiu meio do nada e se arrastou por vários episódios meio que apenas para encher lingüiça, mas vá lá, finalmente terminou. Esperemos agora ver Dell ganhar histórias mais originais e interessantes na terceira temporada.
Quanto a Naomi, tivemos um excelente drama circundando essa personagem. Por um erro – não se sabe exatamente de quem – ela acabou trocando os embriões de duas paciente, fazendo com que cada um estivesse carregando o bebê da outra. A partir desse grande problema, Naomi começou a pensar sobre sua carreira na clínica, e nesse sentido a proposta do dono da Pacific Wellcare Center serviu como uma luva, pois tudo o que a doutora precisava no momento era começar de novo. Nem mesmo a revelação ridícula de Sam, de que ainda está apaixonado por ela, foi o suficiente para segurá-la na clínica – lembrando que quem decidiu acabar com o casamento dos dois lá na primeira temporada foi propriamente ele, o que o torna um personagem bastante infantil por não saber exatamente o que quer. Agora fica a dúvida, com a demissão de Charlotte e Naomi aceitando o emprego, significa que ela passará simplesmente a trabalhar no andar de cima, ou a intenção é fechar aquela clínica e se mudar para outro lugar ? – o que justificaria a saída também de Sheldon, que parece ter cumprido seu papel como personagem nessa temporada.
Aliás, falar em Sheldon leva a um dos melhores momentos do episódio: ao ver Sheldon lutando para Violet ficar com ele, Pete fica enciumado, mas se sente de mãos atadas, pois sabemos como ele tem dificuldades de lidar com seus próprios sentimentos ou com simplesmente com pessoas. Porém ao ver o seu possível futuro ao lado de uma esposa e filho – portanto a família a qual buscava por toda a temporada –, Pete não pensou duas vezes e abriu seu coração para uma Violet confusa, que queria apenas paz nesse final de gravidez. No entanto, após refletir melhor sobre o que estava acontecendo entre os dois, ela resolveu dar uma chance para os dois, resultando em vários fãs que torciam pelo casal erguerem seus braços, em comemoração, exatamente como Violet fez em um determinado momento do episódio.
Infelizmente a felicidade da futura mamãe não durou muito, pois no melhor estilo “Shonda Rhimes” somos surpreendidos com uma situação para a qual parece não haver solução: Katie – a paciente que perdeu seu bebê há episódios atrás – seqüestrou Violet pois, em meio a seu delírio mental, acreditava que o bebê da terapeuta era, de alguma forma, o seu. Com isso terminamos o episódio no momento mais tenso que a série já teve, sabendo que não há saída para Violet: se Katie realmente cortou sua barriga com aquele bisturi, sua vida dificilmente será salva. Parece que Shonda Rhimes estava com sede de sangue no fim dessa temporada, pois nem os personagens dessa Los Angeles leve e bem iluminada retratada na série conseguiram escapar de uma possível e mortal tragédia.
Agradeço a todos que acompanharam esses reviews, e agora só nos resta esperar os três longos meses que separam esse finale do início da terceira temporada para conseguirmos respirar naturalmente de novo – principalmente quem viu o finale Grey’s Anatomy sabe exatamente dessa sensação de que estou falando.
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