Review Private Practice (2.20) – Do the Right Thing
Private Practice parece andar um pouco sem rumo ultimamente, tirando a história de Addison e o mistério quanto a paternidade do bebê de Violet – segredo que está sendo mantido a sete chaves, para talvez ser revelado no finale da temporada, quem sabe –, a série anda sem saber muito bem o que fazer com seus outros personagens. Apesar disso, “Do the Right Thing” não foi um episódio ruim.
Primeiro, tivemos o caso da menina de apenas 12 anos que acaba grávida devido sua mãe não ter tido a firmeza de evitar que ela demorasse um pouco mais para iniciar sua vida sexual. É incrível que quando se trata de problemas familiares, especialmente os que dizem respeito à educação, os responsáveis sempre só parece se tocar de que estão agindo errado quando algo ruim acontece. Nesse ponto, fiquei tão revoltada e de mãos atadas quanto Cooper, que viu o que estava errado mas, apenas como médico, não tinha autoridade alguma para fazer algo a respeito. Uma pena que ele tenha que sofrer tanto por alguns pacientes, mas o fato de sempre se apegar demais aos seus pacientes é uma das qualidades de Cooper de que eu gosto mais.
Já sua namorada, Charlotte, teve seu primeiro desentendimento com Violet – o que não era de todo inesperado –, porém conseguiu compreender a situação da recém-amiga, e confidente, apaixonada por Pete, talvez grávida dele, porém distante de sua vida e sem direito algum de opinar com ele deve ou não sair. Com Charlotte reconhecendo que Violet precisava mais de Cooper naquela noite que ela, as duas personagens se aproximaram ainda mais, e, acredito, se Naomi é a confidente de Addison, Charlotte acaba de se tornar a confidente de Violet, o que é muito bacana.
No que se refere a Sam e Naomi, ambos estiveram envolvidos na história do advogado, amigo em comum dos dois, o que só serviu de pretexto para Sam novamente sentir aquele ciuminho ao ver Naomi saindo acompanhado do amigo após um dia longo de trabalho, pois não acredito que essa história irá durar por muito tempo. Já Dell apresentou um comportamento absolutamente estranho, tudo por causa de sua filha, Betsy, que foi tirada dele quando a mãe da menina se mudou para outra cidade em busca de uma oferta de trabalho melhor. Concordo quando Dell diz que todos na clínica têm agido imaturamente ultimamente, porém também acho que isso não lhe dá o direito de se comportar como um adolescente em seu ambiente de trabalho, pois bem ou mal, nenhum dos outros médicos – mesmo envolvidos em problemas pessoais uns com os outros – nunca deixaram de atender pacientes ou deixaram transparecer para eles que havia algo de errado acontecendo em suas vidas.
Mesmo com tantas histórias acontecendo durante o episódio, a única que realmente estávamos curiosos para ver era, obviamente, a de Addison e seu affair com Noah, colega de trabalho e marido de uma de suas pacientes. Parece que ao ouvir da boca da própria esposa que o que irá segurar o casamento em frangalhos dos dois será aquele bebê, Addison percebeu que independente de ser com ela ou não, o casal não conseguirá se manter casados por muito mais tempo. Apenas saber que eles pretendiam se separar mesmo antes da gravidez da mulher fez Addison perceber que não será por sua culpa se o casamento chegar ao fim pelo o que sente por Noah. Por isso o beijo ao fim do episódio foi praticamente inevitável.
Mesmo assim, Addison não consegue deliberadamente permitir que esse relacionamento avance, pois embora não tenha mais a ver diretamente com o fim ou não do casamento de sua paciente, traí-la ao ter um affair com seu marido é extremamente anti-ético, e não há argumento nenhum a seu favor nessa questão. Parece óbvio que Addison e Noah vão continuar a ver um ao outro, a questão agora é saber a reação da esposa quando, inevitavelmente, descobrir que sua própria médica lhe traiu com seu marido. Complicado.
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