Review One Tree Hill 8.03 – The Space In Between
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Review One Tree Hill 8.03 – The Space In Between

 

 

 

 

Amor é a base de tudo, seja entre amigo, entre mãe e filha, entre namorados, entre marido e mulher. E foram muitas as demonstrações de amor neste episódio, exemplos de desprendimento e abdicação. Nós já sabíamos que o Nathan era um grande homem, mas nesse episódio ele consolidou minha opinião sobre. Nós sabemos a importância que o basquete tem em sua, tanto que nem gosto de lembrar da versão insuportável “crazy Nathan”, quando ele estava sem o movimento das pernas e ficou impedido de jogar. Mas agora, ele se dispôs a abrir mão de seu grande sonho, de sua realização, para ajudar o amigo. É óbvio que ele está com o problema na coluna, mas acho que mesmo que tudo estivesse bem, ele ainda tentaria doar o rim para Clay.

 

 

Nada como a perspectiva da perda para mudar as pessoas, para fazê-las acordar para certas coisas. Ver Clay à beira da morte, fez com que Nathan percebesse a importância dele em sua vida e o quanto seria difícil perdê-lo. O fez entender o sofrimento de Haley quando perdeu a mãe, e o fez pensar em como seria o futuro de Quinn sem ele. Então ele fez o que outros não teriam coragem de fazer, principalmente porque, esse tipo de atitude, doar um órgão em vida, geralmente é coisa que vemos um filho, uma mãe, um irmão fazer, não um amigo… Geralmente. Confesso que fiquei aliviada por ele não ter sido compatível. Não gostaria de vê-lo abrir mão do basquete e viver uma vida de arrependimentos. Esperava ansiosa para que houvesse outra chance para Clay.

 

 

Depois temos o caso Victoria e Brooke, que é a prova maior de que as pessoas podem mudar, se elas realmente quiserem. Victoria prejudicou Brooke, tramou em suas costas, quase a fez perder a empresa e comprometeu a confiança que Brooke tinha nela. Mas, mesmo com tudo isso, podemos dizer que a atitude dela não foi nobre? Podemos dizer que não ficamos tristes quando ela foi presa? Se ela fosse tão ruim, e se não amasse a filha, mesmo com seu jeito louco e mesmo que tardiamente, ela teria assumido a responsabilidade para isentar a filha? Pessoas realmente más não se importam com isso.

 

 

Gostei das cenas com a Quinn, carregadas de emoção e de pesar. Foi interessante ver o pensamento dela sobre como seria se Clay morresse, em relação à sua esposa. Ela estava preocupada em saber se eles ficariam juntos, onde quer que seja, e como seria quando ela também morresse. Quem ficaria com ele? Se é que podemos dizer assim. Achei bem legal o fato de a terem deixado sem maquiagem, pelo menos foi o que pareceu. Ficou com uma fisionomia realmente abatida, o que não costuma acontecer na TV, onde vemos um monte de gente com um pé na cova e cheias de maquiagem.

 

 

Falando em Brooke novamente, é muito triste vê-la sonhando com um filho, olhando aqueles bebês no hospital, se relacionando com Jamie, e vendo Julian se relacionar com Jamie. Imaginar como seria, sabendo que não pode realizar seu maior desejo, não do jeito que ela quer. E o pior é que, tanto ela quanto Julian são natos para o papel de pais.

 

 

Clay, ainda em seu momento “além da vida”, sem saber se sobreviveria, conheceu alguém na mesma situação, Will. Ele, em determinado momento, ajudou Clay a perceber aquilo que ele tem, pessoas que o amam e que querem seu bem, mas sua participação, na verdade, teve outro propósito. Foi uma forma de passar uma mensagem: “Não mande mensagem enquanto dirige”. O tema tem sido alvo de várias campanhas nos Estados Unidos, devido a grande quantidade de pessoas que morrem por usar o celular enquanto dirigem. No final,Will não resiste e morre, e Clay acorda.

 

 

Uma coisa que acho muito estranha, e acho que aqueles que acompanham a série desde o início vão concordar comigo. Todo início de episódio desta temporada vemos Haley escrever uma carta para Lucas, o atualizando dos acontecimentos de Tree Hill. Tudo bem, isso é legal, até mesmo porque, desde o início, é algo deles, algo que sempre tiveram juntos. Mas acho estranho citarem tanto o Lucas, porque Lucas e Peyton sempre estiveram ao lado dos amigos, em todos os momentos, sempre. Mas agora, em tempos tão difíceis, em meio a tanto drama, não vemos sequer um telefonema. É como se os dois estivessem em outro país, em outro mundo. Nós sabemos que eles não estão mais na série, mas acho que deveriam fazer algo para mostrar que eles se importam.

 

 

Achei excelente a participação de Mouth no episódio, gravando seu podcast. Um texto muito bonito e coerente, e lindamente narrado. Aliás, é uma das coisas que sinto falta, as narrações que a série costumava ter, como nos bons tempos em que Lucas narrava lindos textos durante os episódios, sempre relacionados com o tema. E por várias vezes esse trabalho foi realizado por Mouth, e ele faz isso muito bem. Foi perfeita a alusão feita aos grandes filmes envolvendo esporte e a crônica que ele faz. Ainda falando do Mouth, muito estranho o momento dele com a Millicent. É engraçado ver como as coisas podem ser esquisitas entre pessoas que já se amaram. Mas acho que há esperanças para esses dois no final das contas.

 

 

 

Músicas tocadas no episódio:


 

All The Way Carolyne Neuman
Factory Band of Horses
Good Man Casey Shea
I Still Do I Am Kloot
I’ll Be There The Parlotones
Liberty Andy Davis
Pray You Through Sixteen Cities
Red October JBM
Ring The Bells Satellite
Your Beating Heart Brendan James

 

 

 

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Postado em: One Tree Hill



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