Review Lost – 6.17/18 – The End
No dia 23 de maio de 2010, uma das maiores produções do século XXI finalmente chegou ao seu fim. E que final, diga-se de passagem. Lost iniciou em 2004 com Jack acordando na floresta de uma ilha completamente assustado com o que havia acontecido, e acabou com o personagem no mesmo local, fechando os seus olhos, realizado com tudo que havia acabado de acontecer.
Após seis anos, o último episódio despertou aquilo que a série sempre despertou: a interpretação de cada um. Muitos amaram, alguns desistiram, outros passaram a admirar. A verdade é que Lost foi realmente um marco na televisão mundial, e com seu estilo diferente, onde nada foi dado de “mão beijada”, fez com que o público usasse sua imaginação durante a jornada dos personagens.
Na ilha, a jornada de Jack chegou ao ponto onde todos imaginaram que chegaria. Ele sempre foi um líder nato, predestinado a ser o sucessor de Jacob. E assim o foi, pelo menos até cumprir a sua missão: impedir o monstro de fumaça de destruir a ilha. Após Desmond usar sua resistência ao eletromagnetismo para abrir uma espécie de ralo no “coração da ilha”, Jack teve a oportunidade que esperava para derrotar o monstro, e os dois partiram para a briga.
Aliás, que briga. Uma verdadeira luta épica entre o bem e o mal, onde os dois, embaixo de uma forte chuva, se enfrentaram por alguns minutos. Depois de socos e chutes, “Locke” conseguiu ferir o inimigo, e quando estava prestes a matá-lo, eis que Kate apareceu e ajudou Jack a finalizar a sua missão. Após seis longos anos, o temível “Lostzilla” estava finalmente morto. É claro que as coisas não poderiam ficar nisso, e Jack teve que “ligar” aquilo que Desmond havia “desligado” para impedir a destruição da ilha, e assim permitir que os amigos tivessem uma chance de ir embora.
Jack soube que estava indo rumo a sua morte, que ele teria que fazer o necessário para proteger a ilha, como prometeu a Jacob que faria, e que isso significaria o fim de sua vida. Mas antes disso, ele precisava deixar um substituto, e com certeza foi a pessoa mais inesperada de todas: Hurley. No início, o dude ficou muito assustado com o seu trabalho, mas com a ajuda de Ben, decidiu que faria o melhor que pudesse, que realmente iria cuidar das pessoas.
Nos flash-sideways, Desmond continuou sua jornada de fazer todos os passageiros do Oceanic 815 lembrarem uns dos outros, e que finalmente pudessem se libertar, o famoso “let it go”. E foi isso que ocorreu durante o episódio final: os caminhos foram se cruzando novamente, com os Oceanic’s se lembrando de tudo que haviam passado; de como cada pessoa aparentemente desconhecida havia feito parte de suas vidas.
No final, todos foram levados a uma igreja. Particularmente, acredito que os flash-sideways eram na verdade o purgatório. Como disse Christian Shepard a seu filho, todos eventualmente morrem, e não existe o agora onde eles estavam. Aquelas pessoas se conectaram com a queda do avião, criaram verdadeiros laços de amizade e amor, e após suas mortes, se encontraram novamente. Alguns foram morrendo na ilha, como Boone, Charlie, Juliet e o próprio Jack; outros morreram depois, como Kate, Sawyer e Hurley. Enfim, todos se encontraram e provavelmente foram para o céu, já que Christian abriu uma porta que iluminou a igreja e todos que estavam nela. Por todos os seus atos na ilha, Ben decidiu que não iria com eles, decidiu passar mais um tempo no purgatório para “pagar os seus pecados”.
Como falado anteriormente, o episódio, como a série em geral, foi tudo uma questão de interpretação. Provavelmente alguns não gostaram, mas não há como negar que ele foi perfeito para tudo que o seriado foi, tudo que ele representou. A verdade é que Lost vai deixar saudade, e a única coisa que pode ser dita agora é: See you in another life, brothas!
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