Review Lost (5.16/17) – The Incident
BEST. SEASON. FINALE. OF. THE. SERIES. #LOST
E foi assim que eu demonstrei o meu grande agrado após ver o último episódio desta quinta temporada de Lost. Não parece que já passou um ano desde que vi ‘There’s No Place Like Home’ ao vivo, como vi ‘The Incident’, mas a verdade é que ver em directo dos Estados Unidos dá outra sensação. Primeiro porque ficamos descansados e sabemos que não vamos apanhar com spoilers em qualquer site de séries que entramos e segundo porque sabemos que estamos a ver ao mesmo tempo que os americanos, o que dá um certo ar privilegiado. Eu vou tentar não me estender muito nesse review e falar só nos aspectos essenciais, porque se começar a ir por detalhes numa storyline ou outra, sei que nunca mais vou sair daqui.
Começando por 1977, antes do episódio eu já tinha quase a certeza que seria a parte mais interessante desse final. E não me enganei, pois foram surpresas atrás de surpresas. Desde o tiro no Sayid (será que ele morreu?) até à conversa importante entre o Sawyer e o Jack, a verdade é que estava tudo a ser preparado para o fim que se avizinhava. A partir da cena em que todos concordam que o Jack deve atirar a bomba para o buraco electromagnético, tudo correu numa perfeição que só Lost consegue fazer.
Tudo indicava que eles teriam que escolher entre detonar a bomba de hidrogénio e nunca se conhecerem ou então deixar que o incidente aconteça, todas as pessoas da ilha ficam em perigo, mas fazendo com que o avião caia. Se numa primeira vista parecia que a segunda hipótese teria sido a escolhida pelos argumentistas, a última cena veio mudar todo o rumo da história. Juliet, interpretada por uma das minhas actrizes preferidas da série deu um dos momentos mais emocionantes do episódio com a sua suposta morte. Melhor ainda é mesmo no final quando ela tenta, e consegue, explodir a bomba de hidrogénio. Agora a grande questão que fica é se Jack conseguiu mesmo ter sucesso no seu plano ou a explosão da bomba foi tarde demais?!
Por fim, não podia deixar de mencionar a volta de Bernard e Rose, assim como o Vincent. Depois de ver a cena em que eles dizem estar felizes e até têm uma casa à beira-mar, veio logo à cabeça que eles poderia ser o Adão e Eva que nos são mostrados na primeira temporada, no lago onde Kate e Sawyer vão tomar banho. E a razão que eu apresento para sustentar essa teoria é simples: Rose e Bernard são os únicos que estão sozinhos na ilha, sem o apoio e companhia de ninguém. Em 1977 estão numa idade já avançada o que leva a crer que não vão viver muitos mais anos, logo em 2004, altura em que Kate os encontra (o Adão e Eva) já haveria a possibilidade de estarem mortos e no estado em que se encontravam.
Trinta anos mais tarde, continuamos a acompanhar a vida de outros sobreviventes, sejam da Oceanic 815 ou da Ajira 316. Embora inicialmente com duas narrativas distintas, ambas se encontram no final quando uma das maiores revelações da temporada surge: Locke está mesmo morto! Já é a segunda vez que vemos ele numa espécie de caixão e a estupefacção ao vê-lo assim é a mesma que eu tive ao ver que ele era o morto do final da terceira temporada. Mas afinal quem era o Locke que estava a andar pela ilha? Com tudo o que foi mostrado sobre o Jacob apenas em 90 minutos, já temos material suficiente para teorizar!
Seria ele uma manifestação do monstro? Não, ele era aquele homem que aparece com o Jacob no início, no momento em que o Black Rock está a chegar à ilha! Por falar nessa cena, para mim foi um dos melhores inícios de um episódio que já tivemos na história da série. E se mostrar o Black Rock já não fosse suficiente, os argumentistas presenteiam-nos com a verdadeira face da Estátua de Quatro Dedos. Por falar no Jacob, parte daquele mistério da cabana também foi resolvido.
Afinal quem vivia na cabana era o inimigo do Jacob, o tal que aparece no início, e foi esse que fez aquele aparição no episódio centrado no Ben da terceira temporada. As cinzas que estão no chão serviam como uma espécie de cápsula prisioneira, para que ele não pudesse relacionar-se com o mundo exterior. E é aí que entra o Locke e o ‘Help Me’ dito por ele à três anos atrás. Uma vez que a linha de cinzas é quebrada, toda aquela protecção acaba e o inimigo de Jacob poderá finalmente vingar-se, algo que consegue fazer por via do Ben, num belo estilo Hitchcock. Posso estar enganado, mas foi isso que eu percebi, e até que tudo faz sentido se for visto por essa forma.
Continuando a história do Jacob, descobrimos que ele têm uma misteriosa conexão com a Illana, chegando-lhe a pedir ajuda. Agora já sabemos quem é o responsável por toda aquela situação da prisão do Sayid e provavelmente outros assuntos ainda não mostrados na série. Mas não é só com ela que Jacob conversou fora da ilha. Numa sucessão de flashbacks vemos que ele encontrou-se com a maioria dos sobreviventes quando estes eram miúdos ou até adultos, resolvendo também a questão do porquê do Hurley ter voltada para a ilha (e com aquela guitarra).
O pior de uma season finale de Lost é esperar oito longos meses para ver a próxima temporada. Tudo piora nessa da quinta temporada porque sabemos que em 2010 entraremos para a final season da série, onde tudo acaba. Estás preparados para o que vem por aí? Eu estou, e confesso que essa season finale tem um gosto mais especial do que as anteriores pela simples razão que não fazemos ideia do que vem a seguir. Por isso, toca a teorizar pela Internet e em Agosto, quando começarem as filmagens, teremos mais novidades. Em breve sairá um review geral da temporada e aproveito desde já para agradecer a todos aqueles que acompanharam e comentaram os meus reviews ao longo dessas dezassete semanas. Até à próxima temporada, namaste!
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