Review Lost (5.10) – He’s Our You
Existe uma simples razão pela qual eu não escrevi este review ontem: não me apeteceu. E porque é que não tinha paciência? Simplesmente, achei o episódio fraco. Mas que fique bem claro que, para mim, um episódio fraco de Lost está no mesmo patamar que um episódio bom de Smallville, por exemplo. Tenham em conta este tipo de comparações, pois claro que é preciso Lost ser muito mau para eu dar um 7 num episódio. He’s Our You (e Namaste) não conseguiram ter o mesmo desempenho que os seus antecessores, mas espero que isso melhore no futuro.
O personagem principal, desta vez, foi o Sayid. Com uma estrutura partida em flashbacks e o presente de 1977, somos presenteados com a velha fórmula de Lost. Só que agora em vez de termos flashbacks dos personagens antes de eles irem para a ilha no voo da Oceanic 815, temos é de antes do voo Ajira 316, de modo a explicar o porquê de eles terem voltados para a ilha, entre outros assuntos, claro. Ninguém sabia qual a razão pela qual Sayid tinha voltado, mas ‘parece’ que foi para fazer-se justiça, após ter assassinado aquele homem no campo de golfe. Parece, não é? O mais provável é ser mais um plano do Ben.
Por falar no Ben, acho que não ficou claro o porquê de eles dois odiarem-se de morte neste momento. Os flashbacks foram bons, mas não o suficiente para resolver isso, e acho que já está mais que na hora para sabermos mais umas coisas acerca dos sobreviventes. Foi por isso que eu não gostei muito desse décimo episódio, porque um fã que esperou cinco anos para ver algumas perguntas respondidas, tem o direito de ‘exigir’ respostas, quando apenas 25 episódios de 40 minutos restam. Mas eu sou paciente… muito paciente… e por isso é que Lost continua a ser a minha série favorita.
Não vou falar dos outros personagens porque foram cenas de pouca importância (Hurley é cozinheiro, Julie e Kate estão bem…), apenas o Sayid. Adorei quando ele foi torturado, mas já era de esperar que ninguém acreditasse nele. Foi bom ouvir diálogos inteligentes como ‘Ele é o nosso tu’ ou ‘Vocês vão todos morrer, sabiam?’. Quando a votação aconteceu, também já era óbvio que iam votar contra o Sayid e o Ben (criança) ia acabar por salvá-lo, mas mesmo assim foi bom na medida que deu para perceber o quão democrática é a Dharma, tendo até membros de todas as estações (palpite, pois apenas vi de duas ou três, mas acho que é essa a impressão que devem querer transmitir).
O final, como sempre em Lost, foi excelente. Sayid, depois de ter presenciado a uma cena de violência entre Ben e o pai, não conseguiu ter pena do homem que destruiu a sua vida e acabar por dar um tiro nele. Faraday disse que o que aconteceu, aconteceu, mas será que isso vai-se aplicar a essa tentativa de assassinato? Eu acho que sim, pois Sayid só lhe deu um tiro e, provavelmente, Ben não está morto. A grande questão que se coloca é se o Ben do futuro lembra-se disso tudo?
Resumindo, não foi dos melhores episódios, mas como Lost tem um lugar mais alto que as outras séries, o episódio mau não é, necessariamente, horrível de se ver. Aliás, se todas as séries tivessem episódios maus como Lost tem, seria o paraíso. Como isso não é possível e tenho que ser justo na nota a dar, em comparação aos anteriores, por favor, não posso dar mais do que aquilo que vou dar. Até ao próximo episódio, que o ser centrado na Kate, promete ser… chato. Vamos lá tirar esse preconceito e esperar que desta vez a nossa sardenta traga algo de bom.
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