Review Lost – 5.03 – Jughead
Definitivamente, essa será a melhor temporada de Lost até agora. E digo isso, mesmo antes de ver os restantes 14 episódios, por uma simples razão: Evangeline Lilly (Kate) diz que a primeira parte da quinta temporada é mais fraca a comparar com a segunda. Se estes três episódios já são excelentes (já houve melhores, eu sei), imaginem o que vem por aí. Vai ser algo mesmo de extraordinário! Esperemos que sim, pois Lost é, para mim, a melhor série de televisão da actualidade. Desde a primeira temporada que o foi, e até agora continua a o ser.
Jughead tem um dos melhores inícios de episódios de sempre da série. Há dois anos atrás dos acontecimentos actuais dos Oceanic 6, Penny tem um filho a quem lhe chamam Charlie. Muito bonita essa homenagem a uma das personagens responsáveis pela união do casal nesse momento, que nos últimos segundos de vida tentou, e conseguiu, a muito custo, salvar a vida de muitos sobreviventes do voo 815 da Oceanic. A cena do parto foi muito realista e é sempre bom ter episódios centrados no Desmond, pela sua peculiaridade, emoção e confrontos.
Determinado a achar a mãe de Faraday, Desmond vai a Oxford mas lá não encontra registos dele. Nota-se mesmo que a série está a caminhar para o final, pois se isso nas primeiras temporadas era considerado um mistério, agora é respondido cinco minutos depois numa simples conversa. A sua ‘investigação’ deva-o à pessoa que ele mais odeia, o seu sogro, Charles Widmore. Este diz ao genro, lembrando-se das ameaças de Benjamin Linus, para proteger Penny.
Ora se a mãe de Faraday é a Mrs. Hawking, o perigo espreita na família Hume, pois tivemos a confirmação no final do episódio passado que Benjamin Linus trabalha para a tal misteriosa mulher. Resta agora saber como vai ser o encontro dos dois, depois de Penny apoiar o marido nessa sua viagem. Será que Ben vai usar a morte de Penny para fazer Desmond voltar ou o contrário, ou seja, vai manter Penny viva até que Desmond volte para o lugar de onde conseguiu sair há três anos atrás?
Por falar em Widmore, temos a fantástica descoberta que ele era um dos Outros, grupo chefiado por Richard Alpert. Sabe-se que os Outros são um grupo que é composto por alguns membros supostos da Dharma (supostos porque estavam infiltrados) e pelos Hostis, aqueles que são os habitantes originais da ilha. Em 1954, ainda não tinha sido criada a Dharma, por isso aquelas pessoas que conhecemos neste episódio são apenas habitantes da ilha.
Agora aquela conversa de Charles e Ben no final do episódio 4.09 faz muito mais sentido (’A ilha já foi minha’ – Charles Widmore), principalmente depois de Alpert dizer que o líder dos Outros tem de ser uma pessoa nova. Se daqui a dois anos, em 1956, Alpert vai visitar Locke no seu nascimento (como eu já disse, tudo começa a fazer bastante sentido), quem o deve substituir é Widmore, pois é uma das pessoas que possui essa característica (ser nova).
Só que quando Ben foi para a ilha aos 10 anos de idade e começou a se interessar por este modo de vida, conseguiu o lugar de Líder, que antes pertencia a Widmore, indirectamente, pois nessa altura esse já estava fora da ilha, com o regresso de Alpert. Esses últimos dois parágrafos são apenas uma teoria e não spoilers confirmados. Nunca fui muito bom a teorizar, mas até que a primeira parte (das datas 1956…) até faz muito sentido.
Por fim, devo dizer que não gostei muito da história de Jughead, não o episódio, mas sim a bomba. Pareceu-me que serviu mais para entreter o personagem interpretado por Jeremy Davies, Faraday, e para este arranjar uma desculpa para declarar o seu amor por Charlotte. Também não tivemos Oceanic 6 nesta semana e devo dizer que não senti muita falta deles. Acho que se fosse o contrário, episódio dedicado aos seis da Oceanic e nada sobre a ilha, seria muito mais aborrecido.
Pelo alvoraço que estava a ser feito por este Jughead, confesso que esperava mais, mas mesmo assim temos um grande episódio de Lost.
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