Review Glee 1.02 – Showmance
Quase quatro meses após a apresentação do episódio piloto, Glee volta em grande estilo e mostra que veio para brigar com os grandes. O capítulo 1.02 – Showmance é um dos retornos mais dignos que já vi, com muito sexo (mesmo que na teoria e na dança) e uma porção acertada de romance. Mais uma vez, os problemas começam quando a treinadora de cheerleaders Sue Sylvester revela que o Glee Club não tem nenhuma chance na escola, já que precisa de 12 integrantes para a disputa dos regionais e, no momento, só conta com seis.
A partir daí, inicia-se uma busca frenética por outros seis “gleeks”. O jeito mais óbvio – porém não tão fácil para eles – é fazer uma apresentação em frente a todos, numa tentativa de que ao menos alguns gatos pingados se interessem. Para o desespero do coral, o professor Will Shuester seleciona a música La Freak (Chic), canção dance breguíssima que o grupo não está nem um pouco disposto a representar.
Mas o primeiro forte momento musical do episódio é mesmo o cover de Gold Digger (Kanye West). Ao contrário do que muitos falam por aí, eu achei essa parte bem empolgante. Os alunos puderam soltar a voz e o professor Will pôde mostrar que também é bom de dança. Aliás, não sei se vocês também acharam isso, mas o Spanish Teacher estava extremamente sexy durante a performance, não é mesmo?
Showmance abordou também temas bem adolescentes, que foram personificados principalmente por Rachel Berry. A sua bulimia passou quase despercebida, mas o assunto poderá ser tratado com mais minúcia no futuro. Já a questão do sexo na adolescência, com a presença daquele grupo do celibato bizarro, foi um dos pontos fortes do capítulo 1.02. Mais uma vez, Rachel Berry distribuiu maturidade e falou sobre a importância do sexo seguro em vez da privação total. Falou também sobre as vontades sexuais das mulheres, que acontecem na mesma proporção que as dos homens, deixando muita gente de boca aberta com “tamanha petulância”.
Para acompanhar o clima sexy do capítulo, a própria Rachel resolve substituir a apresentação de La Freak pelo moderno som Push It (Salt’n Pepa). A intenção era fazer com que a apresentação mais condizente com os anseios dos jovens trouxesse uma maior adesão do público. E Rachel estava certa. Com uma coreografia para lá de provocante, o Glee Club atraiu de vez a atenção da escola. Obviamente, Rachel não ficou impune e perdeu o seu solo para Quinn, a cheerleader namorada de Finn.
Por falar nisso, foi hilário o teste de aceitação de Quinn e suas amigas vão-com-as-outras para o Glee Club. A coreografia de I Say I Little Prayer For You (Aretha Franklin) foi patricinha demais, e talvez essa tenha sido a intenção. A voz de Quinn, apesar de não ser páreo para Rachel Berry, surpreende os espectadores que esperavam da atriz apenas saltos sincronizados.
O momento mais doce do episódio fica por conta da conversa entre Rachel e Finn ao lado do piano. Os adolescentes falam com sinceridade sobre os seus medos e, involuntariamente, um beijo acontece. Porém, nem tudo é um mar de rosas. A famosa ereção precoce da adolescência devasta o rapaz, que acaba deixando Rachel sozinha e confusa numa situação que já era delicada pelo fato de Finn ter namorada.
Para encerrar este ótimo episódio, Rachel Berry encarna Rihanna e faz um cover de Take a Bow, expressando todo o seu ressentimento e rancor por ser rejeitada após um momento que teria tudo para ser mágico (sem saber, obviamente, qual foi o motivo pelo qual Finn “fugiu” dela). Após um episódio como este, a minha expectativa vai lá nas alturas. Só espero que os produtores da Fox não nos desapontem.
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Postado em: Glee