Review Fringe 2.04 – Momentum Deferred
Sempre que William Bell aparece em um episódio de Fringe, o público pode ter certeza que um ótimo episódio está por vir. Em “2.04 – Momentum Deferred” não foi diferente. Afirmo que este é um dos capítulos mais bem arquitetados da série inteira. Particularmente, levando-se em consideração apenas os meus gostos pessoais, vou além: “Momentum Deferred” foi o melhor capítulo desde o início de Fringe!
Em um começo bastante misterioso, vemos criaturas que certamente não pertencem ao nosso mundo roubarem um carregamento de cabeças congeladas. Ainda sem saber o que isso significa, o telespectador chega ao laboratório de Walter que, em meio a suas experiências malucas, sugere que Olivia beba um certo “suco de minhocas” para lembrar o que aconteceu durante o período que esteve desaparecida. A agente, que já não agüenta ficar no “escuro”, bebe então a mistura sem hesitar, por mais nojenta que ela seja.
Ao analisar um corpo de transmorfo, Walter também descobre que esses seres possuem concentração grande de mercúrio em seus corpos, que na verdade são sistemas robóticos escondidos em tecidos humanos – que funcionam justamente por conta do mercúrio. É neste ponto que vemos o falso Charlie passar por maus bocados, pois ele precisa de cada vez mais “combustível” para manter a sua forma original. Vale lembrar que o falso Charlie perdeu o seu “aparelho de transformação” no hospital, durante o combate com Olivia, e como essas peças são de uso pessoal e intransferível, ele ficou preso no corpo do seu hospedeiro.
Walter também, por meio de suas pesquisas, constata que o transmorfo visto naquela ocasião está solto, podendo estar escondido no corpo de qualquer um. A solução encontrada para identificar o elemento é Rebecca Kibner, uma antiga aluna da universidade que, no passado, foi submetida pelo dr. Bishop a um coquetel de drogas, permitindo-a enxergar certa luminosidade ao redor dos seres de outro mundo (aliás, foi bizarro ver como ela enxerga a tal luz em Peter). Interessante ver a entrada desta personagem à trama, incrementando o núcleo com um possível envolvimento amoroso de Walter.
Durante a “viagem psicodélica” de Rebecca, no entanto, Olivia desmaia e começa a se lembrar de todos os acontecimentos ocorridos durante a sua estadia na realidade alternativa. A agente descobre que sempre foi considerada por Belly e Bishop a criança mais forte e capacitada para a missão de proteger o portal entre as duas realidades. Assim sendo, parte do plano seria delegar a ela a função de achar e proteger determinada cabeça (sim, aquela do começo do episódio) para impedir o livre trânsito entre as duas realidades – que, em uma visão pessimista de William Bell, culminaria com a extinção de uma delas.
Ainda acreditando que Charlie é seu parceiro, Olivia acaba por soltar a ele a informação do local onde está a verdadeira cabeça. Ele, rapidamente, faz uma ligação, enquanto a agente recebe em seu celular a confirmação de que o trasmorfo que está zanzando por aí é na verdade o próprio Charlie. O que acontece a partir deste momento é uma luta épica, que culmina com a morte do falso Charlie e a saída definitiva de Kirk Acevedo da série.
Para finalizar o capítulo “Momentum Deferred”, vemos a cabeça mais procurada do episódio se unir a um corpo, dando vida ao temido “homem” capaz de burlar o portal entre as duas realidades. Ótimo episódio, como já disse anteriormente. Era disso que Fringe precisava para calar a boca de alguns críticos mal intencionados e da baixa audiência.
Você tem Twitter? Aproveite e siga o @cineseries, e não deixe de assinar nosso feed para nos acompanhar em tempo real!
Postado em: Fringe