Review Californication – Segunda Temporada
Californication também terminou na semana passada, juntamente com outras duas séries fantástica de temporadas muito curtas: Dexter e Merlin. Infelizmente não conseguimos cobrir a série aqui no CineSéries, devido ao já grande número de séries a que assistimos, mas pretendo compensar o pequeno erro fazendo um review da segunda temporada dessa comédia da Showtime.
Confesso que no começo da temporada, estava um pouco receosa de que Californication nos traria mais das mesmas coisas que vimos na primeira temporada: Hank transando com todas as mulheres que aparecessem em sua frente. E eu diria que até o episódio 10, estávamos nesse clima. Em poucos episódios Karen terminou novamente com Hank, recusando seu pedido de casamento, o que abriu a possibilidade do eterno galinha para se aventurar em Los Angeles mais uma vez. O surgimento de Lew Ashby, sobre o qual Hank estava escrevendo uma biografia, também só ajudou Hank a se envolver com vários novos tipos de mulheres.
Porém não considerei a temporada boa por isso. Ao contrário, ao romper com Hank mais uma vez, Karen estava terminando com o propósito da série: o de unir o casal novamente. Inclusive, se pensarmos que a primeira temporada só girou em torno de Karen se decidir por Hank ou por seu ex-noivo, Bill, vemos que a segunda temporada não teve a menor pena de jogar tudo isso fora, apenas para que Hank pudesse voltar ter casos aqui e alí. Outra coisa que pouco foi abordada na temporada foi a repercussão do roubo do novo livro de Hank – “Fucking & Punching” – pela filha de Bill, Mia, uma menor com quem Hank tinha transado na primeira temporada, e sobre quem Hank escreveu o livro. A princípio, achei que Hank faria algo para tentar provar que a autoria do livro era sua, porém ele pareceu não estar nem aí – tudo bem que ele não poderia sair gritando por aí que o livro era dele, uma vez que fazer sexo com menores é crime em qualquer lugar do mundo, mas imaginei que ele tentaria achar uma saída para a situação, o que não ocorreu. Os dois motivos, mais a história chatérrima de Charlie e a atriz pornô, Daisy, e a sempre insossa Karen quase me fizeram desistir da temporada, que estava muito repetitiva e pouco inspirada.
Mas resolvi dar uma chance para a série, principalmente por curiosidade de ver se Lew Ashby conseguiria o perdão da mulher de sua vida, Janie; como Hank lidaria com a inesperada gravidez de uma das mulheres com que passou uma noite, Sonja; e por estar achando muito fofo o primeiro romance da filha de Hank, Becca, com Damien. E não me arrependi. A partir do episódio 10, In Utero, Californication começou a se encontrar com o belo flashback de Hank e Karen, mostrando o momento em que ambos descobriram que ela tinha ficado grávida de Becca. A carta que Hank lhe mandou ao fim do episódio foi simples, linda e comovente, e me fez ver com olhos menos críticos Karen, ainda assim a personagem mais desinteressante da série. No episódio seguinte, Blues from Laurel Canyon, tivemos a inesperada e triste morte de Lew Ashby, personagem que aprendi a gostar e que me comoveu ao morrer tão perto de fazer as passes com Janie. Finalmente no último episódio da temporada, La Petite Mort, a série voltou ao seu clima cômico habitual, com a melhor cena da temporada: o nascimento do filho de Sonja – ri muito com a reação de Hank ao ver que a criança não era sua, o que possibilitou a reconciliação entre ele e Karen.
E quando pensei que tínhamos voltado ao estado do começo da temporada: Hank e Karen juntos novamente e Becca sozinha – tinha brigado com o namorado –, fui surpreendida, pois a felicidade da família não durou muito. Karen recebeu uma proposta de trabalho em Nova York, e Hank se dispôs a ficar em Los Angeles para cuidar de Becca e não separá-la de seu namorado – que conseguiu ser perdoado no último momento, pouco antes da família partir para Nova York. É óbvio que isso foi apenas mais uma deixa para que Hank possa continuar galinhando pela cidade na próxima temporada, porém se a série continuar tendo alguns episódios bons como esses três finais, acredito que ela permanecerá interessante o bastante para que seu público continue a acompanhá-la.
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