Apresentação e curiosidades de Lost
Com a volta da quinta temporada dessa série maravilhosa que é Lost, a equipe do CineSéries ficou animada para preparar um novo especial para vocês falando um pouco sobre sua história, seus personagens, elenco, os mistérios da ilha, prêmios e bastidores, ou seja, tudo o que nós e vocês fãs adoramos saber e discutir sobre a série. Nesse primeiro artigo, vamos recapitular a história da série, detalhes sobre sua produção e ainda saber algumas curiosidades sobre Lost e seu elenco. Vale lembrar que os textos desse especial contém spoilers para quem não está acompanhando a série com a transmissão americana.
Lost é uma série americana da emissora ABC – no Brasil ela é exibida pela AXN na tv a cabo, e pela Rede Globo na tv aberta –, que fez sua estréia no dia 22 de Setembro de 2004 na tv americana, com o piloto mais caro da história da tv, custando entre 10-14 milhões de dólares, mas arrebatando a crítica e o público estadunidense – e posteriormente mundial –, recebendo ótimos reviews de revistas e sites especializados e uma audiência de 18,6 milhões de telespectadores.
A história também não poderia ser mais intrigante: durante uma viagem de Sidney para Los Angeles, o avião da companhia Oceanic, cai em uma misteriosa ilha. No meio do caos depois do acidente, os sobreviventes do vôo 815 precisam encontrar uma forma de viver na ilha enquanto o sempre aguardado resgate não chega. Porém, muito mais do que apenas aprenderem a se adaptar à vida na ilha – a la Robson Crusoe –, os sobreviventes começam a presenciar diversas coisas estranhas no local: ursos polares, um monstro fumaça que ataca pessoas, uma maluca francesa que está presa na ilha há 14 anos, um grupo sinistro de pessoas – conhecido como The Others (Os Outros) –, que tentam seqüestrar uma sobrevivente grávida do grupo, um navio antigo ancorado na meio da ilha sabe-se-lá-como e milagres como a cura do câncer da personagem Rose e da paralisia nas pernas de John Locke, que logo entra em conflito com o cético médico Jack Shephard, pois acredita que a ilha é um local maravilhoso e quase divino, apesar de todas as dificuldades e perigos que o grupo enfrenta em quase todos episódios.
E quando menos se esperava, no final da primeira temporada descobrimos a existência de uma escotilha e de um homem que morava dentro dela, chamado Desmond, que era obrigado a digitar um código (os infames números 4 8 15 16 23 42) a cada 108 minutos para evitar que o mundo acabasse. Em sua segunda temporada, a maioria da ação de Lost se passou dentro da escotilha, construída por um grupo de pesquisadores conhecidos como participantes da Iniciativa Dharma, que desenvolviam estudos para entenderem melhor o que aquela ilha tinha de tão especial. Foi lá que descobrimos que Henry Gale era, na verdade, Benjamin Linus o líder do The Others e responsável pelo seqüestro do menino Walt, de Claire e por outras ações que prejudicaram o grupo de sobreviventes. Além de Benjamin, também ficamos conhecendo Mr. Eko, Ana Lucia e Libby, alguns dos sobreviventes da cauda do navio, que tinha caído em outra parte da ilha. A descoberta da existência de outras estações Dharma e também da comida Dharma nos fez ficar curiosos para conhecermos todas as outras estações e entendermos o quanto antes porque aquele grupo decidiu estudar a ilha e quem os mandou para lá anos atrás.
E é assim que Lost continua nos surpreendendo a cada temporada, sempre criando reviravoltas na história, nos apresentando novos personagens, introduzindo novos mistérios – como a existência dos Hostis, Richard Alpert – o homem que nunca envelhece –, e mais recentemente, a vinda de um cargueiro com pessoas enviadas por Charles Widmore, que quer ver Benjamin Linus morto, além de viagens temporais dentro e fora da ilha.
No entando, não foi apenas com relação aos mistérios que J. J. Abrams, Jeffrey Lieber, Damon Lindelof e Carlton Cuse inovaram ao criar Lost. Eles também inovaram ao colocarem flashbacks em seus episódios, sempre focados na vida antes do acidente de algum personagem da ilha, que precisava passar por alguma provação no episódio, que tivesse a ver com a história que o flashback iria nos contar. Com isso, além de nos identificarmos mais com os personagens e descobrirmos mais a seu respeito, ficamos mais intrigados ainda, pois é grande o número de ligações entre os sobreviventes da ilha, sem que de fato eles se conhecessem antes – Libby é a mulher que dá o barco que leva Desmond sem querer para a ilha; Jack e Claire tem um pai em comum; Charles Widmore, pai de Penny é o cara que está caçando Bem Linus etc.
Já ao fim da terceira temporada e praticamente toda a quarta temporada, as novidades foram os flashforwards, que ao invés de nos levar ao passado, nos mostrava a vida dos seis sobreviventes que conseguiram deixa a ilha – Kate, Jack, Sayid, Hurley, Aaron e Sun – sem falar no incrível episódio 4.05 – The Constant, que contou uma história incrível e contra o relógio de Desmond viajando constantemente para o passado e de volta para o cargueiro aonde estava, precisando encontrar Daniel Faraday, que falava no rádio com ele no presente, também no passado para conseguir solucionar seu problema de se situar no tempo ou acabaria morrendo por tantas viagens temporais. Outro episódio interessante foi o 4.07 – Ji Yeon, que apresentava ao mesmo tempo um flashback de Jin e um flashforward de Sun, algo que só percebemos no final do episódio, no entanto.
Agora o desafio da quinta temporada será a de manter a história interessante – e pela premiere, digamos que eles estão tendo sucesso –, misturando as viagens temporais que a própria ilha está sofrendo, com a tentativa de Ben e Jack de reunir os Oceanic Six fora da ilha para que eles voltem e salvem todos os que ficaram para trás. É muito interessante parar para pensar que na primeira temporada uma das coisas que mais nos intrigavam eram a presença de simples ursos polares. E por mais que muitos digam que a série não sai do lugar e que só enrola, é visível a evolução dos personagens, da história e dos próprios fãs, que quebram cada vez mais a cabeça para elaborar teorias que consigam explicar tudo o que já aconteceu na série e já sugerem o que pode acontecer no fim da série.
Antes de seguir para as curiosidades de Lost, indico a leitura dos reviews de Lost, que estão sendo feitos semanalmente pelo Marco na sessão de reviews do CS. Os reviews dos primeiros episódios podem ser lidos aqui e aqui. Agora fiquem com algumas curiosidades sobre a série, das muitas espalhadas pela Internet, que eu consegui juntar aqui para o especial e não deixem de conferir os próximos artigos, que falarão mais especificamente sobre o elenco, os personagens, os mistérios da ilha, prêmios e bastidores.
Curiosidades:
– A Oceanic Airlines não teve sua primeira aparição em Lost, na verdade a empresa aérea fictícia é muito usada nas séries e filmes americanos, tendo aparecido nos filmes Momento Crítico (1996), Por Amor (1999), nas séries Alias – a companhia é citada em um episódio –, Pushing Daisies – uma propaganda da Oceanic é mostrado no piloto –, além de outras referências nos episódio 1.02 de Chuck e 1.09 de Fringe;
– Originalmente Jack teria morrido ainda no episódio piloto, colocando Kate na liderança dos sobreviventes. Com isso o papel do médico foi oferecido para Michael Keaton (Batman de Tim Burton), mas esse abriu mão do papel ao saber que o personagem seria regular;
– Yunjin Kim, a atriz que faz Sun, fez teste para ser Kate, porém apesar de não conseguir o papel, ela ganhou um papel especialmente criado para ela, como também Jin;
– Tanto Matthew Fox (Jack), Dominic Monaghan (Charlie) e Jorge Garcia (Hurley) fizeram testes para viver Sawyer, que usaria terno originalmente. Assim como Sun, Hurley foi criado para Jorge Garcia e Charlie, que era para ser um rock star maduro, teve sua personalidade mudada para encaixar com Dominic Monaghan;
– Sawyer também foi mudado para dar certo para Josh Holloway, cujo sotaque sulista e temperamento forte atraíram a atenção dos produtores;
– Sayid foi criado após os produtores verem os trabalhos anteriores de Naveen Andrews. Já John Locke e Michael foram escritos com Terry O’Quinn e Harold Perrineau em mente;
– Dominic Monaghan conheceu Evangeline Lilly nas filmagens de Lost, engataram um namoro, uma separação, mas atualmente estão juntos novamente;
– Matthew Fox seria o único ator do elenco que já conhece o final de Lost;
– Em Junho de 2008, Dominic Monaghan foi para a Argentina com Lilly para gravar o piloto da versão americana do programa argentino CQC;
– Josh Holloway fez um ladrão de bolsas no clipe Crying, do Aerosmith em 1994 e foi pego por Alicia Silverstone;
– O papel de Gambit, que supostamente estaria em X-MEN 3, foi oferecido para Josh Holloway, devido a incrível semelhança do ator com o personagens dos quadrinhos, mas ele não quis aceitar o papel por ser muito semelhante ao próprio Sawyer;
– Henry Ian Cusick (Desmond) e L. Scott Caldwell (Rose) fazem aniversário no dia 17 de Abril;
– Michael Emerson (Ben) faz aniversário no mesmo dia que Mira Furlan, a Russeau da série, no dia 7 de Setembro;
– Daniel Dae Kim (Jin), Henry Ian Cusick (Desmond), Sam Anderson (Bernard), John Terry (Christian Shephard) e Alan Dale (Widmore) já apareceram em 24 Horas;
– Os números 4, 8, 15 e 23 aparecem nos filme De Volta Para o Futuro. O número do telefone da namorada de Marty, Jennifer, é 555-4823. E Dr. Brown pede para se encontrar com Marty no estacionamento às 1:15. Apesar da coincidência, um dos produtores do show confirmou em uma entrevista que a escolha dos números foi feita baseada em fatos que já tinham acontecido na série, antes deles aparecerem;
– Já o número 42 foi confirmado, nessa mesma entrevista, ser uma referência ao livro O Guia do Mochileiro das Galáxias, do escritor Douglas Adams, na história 42 seria a resposta para a grande pergunta sobre a vida, o universo e tudo mais; Nada foi dito sobre o número 23 ou o 16.
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