Bryan Fuller fala sobre futuro de Heroes
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Bryan Fuller fala sobre futuro de Heroes




Assim como foi anunciado aqui, Bryan Fuller teve sua série Pushing Daisies cancelada no prime time da emissora ABC. Com isso, ele voltou para a NBC, aonde exercia o cargo de produtor da primeira temporada de Heroes, função que voltará a exercer, assim como a de consultor da série, a partir do episódio 19 da atual temporada do seriado. Com tantas mudanças em sua carreira Michael Ausiello, da EW, entrevistou Fuller e perguntou tudo o que os fãs de Heroes queriam saber: o que mudará na série quando ele começar a trabalhar ao lado de Tim Kring? Confira a entrevista traduzida na íntegra pelo CineSéries:

 

Ausiello: Aonde Heroes deu errado, na sua opinião?

 

Bryan Fuller: Tornou-se muito dendo e caiu em certas armadilhas da ficção científica. Por exemplo, na história de Villains, quando se fala de fórmulas e catalisadores, você acaba saindo do drama. E eu acho que o objetivo de todos é colocar a cara de novo no drama. Você tem que salvar algo mostrando um certo rosto; caso contrário você não vai entender por que você está se importando com a história. Eu acho que a trama de Villains começou muito interessante, e depois se tornou pouco clara e densa e eu não conseguia fisgar mais o interior dos personagens e entender suas motivações. Eu também comecei a me sentir confuso com relação aonde estavam as habilidades das pessoas. Uma das melhores coisas na primeira temporada era que a metáfora para suas habilidades era muito clara. Essas metáforas pareceram ficar mais complicadas nas últimas duas temporadas. Eu compartilho dessa preocupação com toda a equipe de roteiristas. Não é como se eu estivesse chegando e dizendo: “Isso é o que você precisa concertar!”. Todos sabem o que é preciso ser concertado e todo mundo já está rumando para essa direção.

 

Ausiello: Seu trabalho começa no episódio 19, certo?

 

Bryan Fuller: Sim. Sou sortudo por estar entrando em uma história muito emocionante. Jeph (Loeb) e Jessé (Alexander) – ex-produtores executivos –, antes de deixarem o show, deixaram tantos acontecimentos ótimos em movimento na história de Fugitives (que estréia dia 2 de Fevereiro). Realmente é um novo começo. Todos os personagens estão de volta em suas vidas reais. Você vê Peter como um enfermeiro. Claire está procurando faculdades. Saímos do mundo de fórmulas e do quase-mágico.

 

Ausiello: Os episódios de Fugitives irão levar a um sólido episódio 19?

 

Bryan Fuller: Sim. Os episódios 14, 15 e 16 são incríveis. Toda a história de Fugitives começa muito forte, e depois fica um pouco densa na metade em termos de mitologia. Então eu cheguei bem no momento em que todos estavam percebendo “Oh, nós estamos ficando muito densos aqui e nós precisamos colocar rostos nas histórias, porque não há rosto algum na fórmula, não há rosto algum em salvar o mundo”. Então estamos virando esse grande navio de volta para uma veia mais focada nos personagens, e todos da equipe de roteiristas compartilham desse desejo. Nós precisamos voltar para o lugar dos personagens, porque foi alí que a história começou: muito limpa, e com metáforas de superheróis para a vida cotidiana. Esse é o caminho que estamos pegando. Mas é um navio muito grande, então irá demorar um pouco para conseguirmos virá-lo.

 

Ausiello: Algum plano para cortar o elenco que anda espalhado?

 

Bryan Fuller: Pessoas vão morrer. E algumas vão voltar. A esposa de Matt, Janice, volta. Nós iremos descobrir o que acontece quando temos um superbebê. Nós também iremos contar menos histórias por episódio. Nós vamos nos limitar a três ou quatro e uma grande trama, que irá amarrar todas as histórias. Nós estamos alterando a estrutura do programa para que exista uma história muito clara. Uma história que ocupa uma grande porcentagem do show, então essa história ganha mais tração.

 

Ausiello: Você vê a quarta temporada como um completo reboot da série?

 

Bryan Fuller: Não é necessariamente um reboot, uma vez que é um retorno ao espírito básico do show. Eu não acho que os problemas as série têm sido ela se tornar seriada, mas sim a densidade de histórias que se tornaram seriadas.

 

Ausiello: Você fará parte do show na próxima temporada?

 

Bryan Fuller: Essa é a idéia.

 

Ausiello: As recentes mudanças nos bastidores na NBC irão gerar impacto no show?

 

Bryan Fuller: É difícil imaginar Heroes sem Katherine Pope (precisente da Universal Studios), porque ela foi uma defensora tão grande do show. Ela foi de uma ajuda tão grande em implementarmos um tom e um estilo ao programa na primeira temporada. Ela é uma peça vital tanto quanto qualquer pessoa no show nesse momento. Sua contribuição não pode ser desvalorizada. Vai ser muito interessante ver a sacudida que sua saída dará nas coisas.

 

Ausiello: Como tem sido sua relação com o criador da série Tim Kring desde que você voltou?

 

Bryan Fuller: Na verdade está sendo muito positiva.

 

Ausiello: Quem tem a palavra final: você ou Tim?

 

Bryan Fuller: Tim. Eu sou um consultor. Meu trabalho é facilitar a visão do show, e a visão tem sido um pouco inconsistente. Mas Fugitives é uma mudança de águas tão boa. Eu acho que as pessoas que têm sido muito críticas sobre Heroes irão voltar.

 

Entrevista maravilhosa, não? Confesso que faço parte dessas pessoas críticas a que Fuller faz referência no fim da entrevista, porém ao que tudo indica a série vai melhorar muito no seu próximo volume e estou aguardando ansiosamente por isso.

 

 

Postado em: Heroes



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