Eragon (2006)
Christopher Paolini, escritor do livros que compõe o Ciclo da Herança, deve ter ficado com os cabelos em pé ao assistir o filme “Eragon”. Foram tantos erros, tantos esquecimentos, que para os que leram o livro, fica até díficil acompanhar o filme até o final.
A história é sobre um jovem “fazendeiro”, que encontra um pedra azul na floresta. Com o desenrolar da história, a pedra revela-se um ovo de dragão, e Eragon entra em um mundo que não acreditava existir. O vilão da história é Galbatorix, imperador do mundo conhecido como Alagaësia, que destruiu todos os cavaleiros de dragão e se tornou uma espécie de ditador. Restavam três ovos de dragão, um foi parar com o garoto, que então ganha o fardo de virar um verdadeiro cavaleiro e derrotar o perigoso imperador.
Na sua jornada, Eragon conhece elfos, anões, espectros e descobre que um velho contador de histórias de sua vila é mais do que revelava ser. Mas apesar de ter que deixar sua antiga vida para trás, o garoto cria um laço muito forte com seu dragão, a quem dá o nome de Saphira. Além disso, o vínculo criado entre os dois dá poderes mágicos para Eragon, poderes que lhe ajudarão em sua jornada.
É nessa primeira parte do Ciclo da Herança que Eragon enfrenta o maior desafio de sua vida: lutar contra o Espectro Durza, com as poucas habilidades que já possui. Obviamente que a luta é extremamente díficil, porém Eragon consegue derrotar o inimigo. Não sem antes levar um golpe nas costas, golpe esse que poderia deixá-lo marcado para toda a vida.
Quem leu o livro sabe que os erros do filme são tantos, que eu poderia contá-los em muitas páginas. Mas vamos aos principais: em uma de suas viagens, Eragon encontra Angela, uma espécie de bruxa. A mulher possui um gato, mas não é um gato comum, é um menino-gato, já que possui forma humana e felina. No livro, o menino-gato, chamado Solembum, conta ao jovem cavaleiro uma profecia sobre ele, muito importante para a história, que não foi sequer comentada no filme.
Outro erro bem grave presente no filme é a luta entre o cavaleiro e o Durza. O filme não menciona nenhuma vez a Estrela de Sáfira, espécie de monumento para os anões, que a elfa Arya e o dragão Saphira quebram para distrair o espectro, pertimitindo que Eragon perfurasse o seu coração.
Finalizando os comentários sobre os erros, posso ressaltar sobre os detalhes no filme. Na história, existem os Urgals, espécie de Orcs do Ciclo da Herança. São criaturas monstruosas, como grandes chifres, dos quais se orgulham muito. No filme, os Urgals são praticamente humanos, sem chifres e totalmente idiotas. Além disso, Saphira possui escamas, e no filme temos a sensação de que suas asas possuem penas.
Para os que não leram os livros, “Eragon” pode ser um filme tragável. Para os que leram, ele não passa de uma tragéria. Tanto é que o segundo livro do Ciclo, chamado “Eldest”, provavelmente não chegará aos cinemas, devido às falhas do primeiro. A única chance é se ocorrer uma refilmagem, e isso não deve acontecer.
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