O Senhor dos Anéis – As Duas Torres (2002)
Publicado por: Miguel Pieruccini em 13/03/2010 às 4:11 | nenhum comentário
Após a “Sociedade do Anel”, os fãs criaram uma expectativa enorme em cima de “As Duas Torres”, e para felicidade de todos, a expectativa foi totalmente superada. Apesar do terceiro filme ter concluído “O Senhor dos Anéis” de forma espetacular, particularmente, considero o segundo filme o melhor da franquia, principalmente por sua batalha épica no Abismo de Helm. Também é preciso ressaltar que o nome desse filme, e do livro, se dá por causa da união da Torre Negra de Mordor e da torre de Isengard, da união de Sauron e Saruman.
Novamente, Peter Jackson dissecou as entranhas do livro de Tolkien de forma brilhante, dando vida às cenas que antes estavam apenas em nossa imaginação. Como falado no comentário do primeiro filme, o autor dos livros criou todo um universo onde apenas ele tinha completo entendimento, apenas ele conseguia compreender tudo que aconteceu, e Jackson novamente soube fazer com que o público compreendesse o que se passava sem deixar maiores dúvidas.
Se Frodo e Sam achavam que a primeira parte de sua jornada havia sido a mais díficil, estavam enganados. Eles ainda tinham um longo caminho pela frente. E para dificultar tudo ainda mais, foi nos apresentado um personagem que, no futuro, teria um papel muito importante na história: Gollum. Sem somba de dúvidas, um dos personagens mais bem retratados nos filmes, com toda a sua feiura, sua paixão e ódio pelo anel, e os seus dois lados, o bom (que não é tão bom) e o ruim (que é muito ruim). Além disso, essa criatura eternizou uma frase, tornando-a uma das mais famosas do cinema: “Meu Precioso” (My Precious).
Aragorn, Gimli e Legolas criam uma amizade à parte, deixando suas diferenças de raças para trás, para assim poder ir atrás dos hobbits levados pelos Orcs. Porém, durante esse caminho, eles acabam encontrando um novo mago branco, que sobreviveu a sua queda e voltou para ajudá-los: o bom e velho Gandalf. Eles partem para salvar o reino de Rohan, que foi cegado pela mão branca de Saruman. Com isso, conhecemos os personagens Éomer, Éowyn e Théoden. Esse último é o rei do reino de Rohan, e após saber que entrará em guerra contra Saruman, vai para o abrigo no Abismo de Helm. Gandalf decide ir em busca de Éomer, que está longe para ajudar, e pede para que Aragorn faça com que Rohan resista, faça com que ele aguente até a ajuda chegar.
Merry e Pippin travam sua própria batalha. Os dois hobbits tentam fazer com que Barbárvore e os outros Ents lutem contra Saruman para ajudar seus amigos. Após muito conversar e discutir, eles conseguem fazer com que os “pastores de árvores” partam para Isengard, para dar a Saruman o que ele merece. E é um verdadeiro massacre. Saruman fica literalmente ilhado em sua torre sem ter o que fazer, afinal todo o seu exército foi em busca do fim de Rohan.
A batalha do Abismo de Helm. Com certeza uma das batalhas mais bem feitas na história do cinema. 10 mil Orcs Uruk-Hais contra 2 mil homens, onde a maioria são agricultores, ferreiros e adolescentes. Comandados por Théoden e Aragorn, os homens tentam resistir à ameaça de extinção, e por um bom tempo o conseguem fazer. Entretanto, Saruman tem suas artimanhas, e com uma espécie de bomba artesanal, um pedaço da fortaleza é explodido, deixando os homens extremamente vulneráveis. É aí que o sangue real que corre nas veias de Aragorn aparece, e ele consegue resistir da melhor maneira possível, sobrando poucos homens vivos. Sabendo que a única chance deles é Gandalf, e sabendo que ele está para chegar, eles partem para cima dos Orcs, como verdadeiros reis e homens de honra. E Gandalf não falha. O mago branco leva os homens de Éomer de volta para a batalha, e junto com os poucos sobreviventes, conseguem exterminar os Uruk-hais.
Frodo, Sam e Gollum passam por diversos obstáculos, inclusive Faramir, o irmão de Boromir, para continuar no seu caminho para Mordor. O que os hobbits não sabem é que a criatura que os guia não deseja destruir o anel, e possui um plano para recuperar o seu precioso. Deve ser ressaltado que, no livro, Faramir não mostra um interesse pelo anel, e no filme ele é mais um dos que acaba sendo envolvido pelo seu poder.
Enfim, com uma das maiores forças de Sauron destruídas, a resistência aparenta ter uma esperança, esperança essa que havia sido consumida durante o primeiro filme. Com muito mais cenas de de lutas, de embates, esse segundo filme se tornou ainda mais espetacular que o primeiro, deixando o caminho aberto e sem falhas para que a história se concluísse no filme seguinte.
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Postado em: Comentando Cinema